24 de jul. de 2014
Pedra Branca
A Pedra Branca é um belo morro testemunho de granitão localizado no município de Paraisópolis, em Minas Gerais. A primeira via de escalada, intitulada “Normal” foi conquistada nos idos de 1984 por Walter A. Baere, Doni Lima e Mario C. Padovan. Depois de treze anos, 1997 recebeu uma nova e ousada conquista, a via “Quebra Cabeça” de Aldirn Lima, Ricardo Miele, Carlos Augusto Lorenzo e João Bosco Vilela.
Desde de então a Pedra Branca permanecia quieta, adormecida, esperando por novas repetições, ansiando por novas conquistas. Neste ano uma turminha realizou novas incursões por lá, e destas idas surgiram novas três linhas, no melhor estilo escalada de aventura, no local.
As vias que conquistadas em 2014, em geral são fáceis e com proteção regular (grande maioria em E2, com poucas excessões de E3). Todas elas (conquistadas em 2014) tem paradas de 30 em 30 metros, facilitando bastante quem quiser abandona-lás, em qualquer uma das paradas (com cordas acima de 60 metros, é claro!).
Juliano Pedra Chata e Glauco R. Gonçalves
Oferecemos aqui um modesto guia de escalada na Pedra Branca, com croquis das conquistas feitas neste ano de 2014. Tentaremos, em breve, fazer os croquis das vias das antigas (“Normal” e “Quebra Cabeça”).
Lembramos com veemência a necessidade de respeitar e ser cordial com os proprietários locais!
Sua segurança é inteiramente de sua responsabilidade e de seu parceiro.
Esperamos que vocês se divirtam por lá!
Boas escalagens!!
Post Retirado do Brasil Vertical
Glauco "mandando ver"....
Mais uma linha de escalada em São Bento do Sapucaí
Aproveitando um verão atípico, que proporcionou inúmeras escaladas no complexo
do Baú, eu e o Rubão localizamos um bom espaço de parede, na face norte do Bauzinho, entre as
vias Homem Pássaro e Lidiane Arnaud, que parecia suficientemente promissor para a descoberta de
mais uma linha de escalada para a comunidade da montanha que frequenta São Bento do Sapucaí.
Em que pese nossas investidas não tenham respeitado a temporada de escalada, pois
foram realizadas majoritariamente no verão, a conquista da “Martelo de Thor” observou os
princípios idealizados na Carta de São Bento do Sapucaí, concebida em seminário patrocinado pela
FEMESP, quando executamos toda a equipagem da via em estilo de conquista, onde todas as
investidas foram executadas da base ao cume, focando o respeito ao estilo tradicional e ética local.
Justamente pelo período climático, as investidas foram acompanhadas das adoradas
nuvens de tempestade (cumulus nimbus), que sempre giraram respeitosamente sobre nossas
cabeças, harmonizando tempo suficiente para a execução dos trabalhos, sem trovoadas efetivas, até
um cômico fato ocorrido durante a conquista da última enfiada.
As três primeiras enfiadas da via, com cordadas de 30, 45 e 45 metros
respectivamente, exigiram duas investidas.
Na terceira investida, certos que chegaríamos ao cume, com aproximadamente 15
metros de cordada, já faceando a rocha para o perfeito assentamento da chapa, por um lapso a
marreta saiu voando da parede!
- Nossa !!! Perguntei...
- O que foi isso?!
-A marreta *&#%&*#@&;¨%$@#!!! Respondeu Rubão...
Sem a possibilidade de desescalar de forma segura - pois se trata de um trecho de
aderência pura, onde a última chapa já estava a uma distância que possibilitaria uma queda perigosa
-, e por sorte estávamos com furadeira, foi viável fazer o furo da proteção, mas o parabolt teve que
ser instalado com pancadas de uma “marreta improvisada”, um ascension (blocante de
punho)...Ufa!!!
Como já estávamos a uns 135metros de parede, mas ainda estimávamos mais uns 30
a 40 metros para o cume, não restou alternativa senão descer, assimilar o fato, e comprar uma
marreta nova...
Já na base da parede, lanchando antes de descer a trilha, ainda com a moral em baixa,
e com as trombetas do céu ecoando pelo vale, resolvemos fazer uma rápida busca no perímetro,
onde provavelmente a marreta poderia ter caído... não gastamos três minutos, se muito, e a marreta
estava na mão do Rubão, intacta!!
- Recuperamos o Martelo de Thor! Falou Rubão, dando combustível para reaquecer
nossa moral!!!
E sob chuva e trovoadas fomos empurrados trilha a baixo...
Dos nomes que já havíamos cogitado durante os dias anteriores para “batizar” a via,
todos perderam o significado, o “Martelo de Thor” era um fato inarredável da história dos trabalhos
de conquista, não havia como escapar... o nome seria “Martelo de Thor”!!! Trovoadas, junto com
um martelo que voa da parede, não acerta inocentes, e volta às nossas mãos... tínhamos a mitologia
do Deus nórdico, contada nessa nossa singela vivência!
Rubens Antunes e Luiz Brinco (Luizão)
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